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E eu me lembro da história de dois monges caminhando juntos e devido a fortes chuvas, uma das pontes que era essencial para o seu caminho desabou.
Sem ter o que fazer, eles começaram a se prepar para atravessarem o rio, mas de repente ouviram um choro que vinha dos restos da ponte e rapidamente correram para ver se era alguma vítima do desabamento. E realmente era.
Uma mulher muito machucada e quase sendo levada pela correnteza. O monje mais antigo então colocou a mulher nas costas e a ajudou a atravessar o rio.
O monje mais novo, sabendo da lei dos monges que não permitia que monges toquem em mulheres, ficou extremamente perturbado com aquele descumprimento e passou a implicar.
Todas as noites antes de dormir, ele pegava um pedacinho de madeira e batia 3 vezes na cabeça de seu colega dizendo:
- MONGE MAU, MONGE MAU, CARREGOU A MULHER NAS COSTAS
- MONGE MAU, MONGE MAU, CARREGOU A MULHER NAS COSTAS
- MONGE MAU, MONGE MAU, CARREGOU A MULHER NAS COSTAS
Passados alguns dias e já bem cansado de tanto receber batidas na cabeça, o monge mais antigo resolveu responder.
Quando seu colega chegou a ele antes de dormir para bater na sua cabeça, ele olhou bem nos olhos dele e disse:
Meu querido amigo, eu sei que para salvar a vida de uma pessoa foi necessário quebrar um de nossos costumes por uma pequena fração de tempo e sei que isto perturbou você, mas preciso lhe dizer uma verdade: Quem realmente está carregando aquela mulher até hoje é você.
E agora eu quero lhe apresentar um ponto de vista interessante a respeito do monge mais novo desta história e espero que você reflita sobre isso.
Analise um erro cometido por uma pessoa próxima a você, o tempo passou e a própria pessoa já se esqueceu ou se arrependeu, mas você continua com raiva e julgando a pessoa, talvez pelo seu ego inflado ou pelo simples fato de não conseguir perdoar por se tratar de um erro que você julga ser imperdoável.
Já parou pra pensar que o peso dessa lembrança e suas consequências estão exclusivamente sobre as suas costas? Impedindo o seu crescimento e adoecendo o seu próprio corpo?
Você não acha que já é hora da SUA liberdade? ENTÃO PERDOE!